segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sabiá


Saudade quando vem... arrebenta.

sábado, 25 de julho de 2009

Você trocaria sua biblioteca por um Kindle?



É engraçado pensar sobre a relação entre o material e o virtual. ‘Com a coisa da internet’, muitos dos nossos conceitos sobre todo o mundo mudou. E ainda mais profundamente, nossa relação ritualística com o mundo e suas coisas, tornou-se completamente diferente.

Não quero entrar no mérito da discussão antropológica e sociológica dos valores materiais agregados. No entanto, quero tentar pensar na refuncionalização do mundo quando as “coisas” passam a ocupar espaços comuns.

Hoje se ouve música, lê um livro e vê filmes (para citar apenas algumas poucas ferramentas) num só espaço. E daqui a pouco tempo, essas coisas estarão num mesmo browser dialogando, de certo modo, entre si. (Já ouviram falar do Waves?)

Eu não sou contra quem faz uso da internet pra tudo. Eu, inclusive, sou uma dessas pessoas que se tornou dependente do computador e da internet para viver. Mas, em muitos momentos, sinto falta dos rituais que acompanhavam a audição de um disco, por exemplo.

A questão mais profunda hoje se relaciona com a nossa percepção do tempo. Tem-se sempre a impressão que estamos vivendo num mundo mais corrido, numa vida mais rápida. E, sinceramente, acho que tudo isso é no fundo balela de nós mesmos.

Não discuto sobre a noção de tempo e a profusão de informação. De fato, a necessidade de obter informação, e em decorrência disso, adquirir toda a adaptação necessária no mercado de trabalho, na vida social, nos faz direcionar o tempo de uma forma diferente. Mas, não acredito nas pessoas, e em mim também, quando ouço frases do tipo:

“_Não existe mais tempo para ouvir um disco inteiro.”
“_Não tenho tempo para cozinhar minha própria comida.”
“_Não dá pra ir de bicicleta, ou a pé. Só de carro.”

Por outro lado, acho profundamente reacionário o papo de que estamos caminhando para trás ao assumirmos essa “vida corrida”. Os tempos mudaram, a vida mudou, os rituais estão se transformando. E o mais engraçado é que, por mais que tenham internalizado características individualizantes, mantém uma perspectiva socializante muito forte.

O que acredito atualmente é numa suposta liberdade de escolha. Você pode ter seu Kindle e ler e-books, ouvir MP3 e ter uma coleção de vinis... Enfim, parece-me que os dois sistemas centrais, o sistema econômico e o sistema social, caminham para uma grande intervenção democrática, que prevê escolhas particulares e universais menos excludentes. Sim! Este argumento é perigoso! Eu sei... Não iremos falar disso agora. Mas tenho essa impressão.

Por ora, gosto de pensar que poderemos escolher. Que vivemos a liberdade de escolhas. Por ora, sou feliz por meu tempo.

domingo, 19 de julho de 2009

Dentro



Desde que, no Arpoador em 2007, tomei uma série de caldos e por encomenda acumulei uns cinco quilos de areia na sunga e uma coleção única de esfoliações no corpo, que tenho medo de entrar no mar.
É um tanto quanto esquisito. Moro no Rio, gosto de praia, apesar de me sentir mal passada a primeira hora de ócio, amo o mar... Mas, na hora de entrar nele vem o pavor.

Também o Rio de Janeiro é estranho. Minha relação com praia tem a ver com solidão, silêncio, reflexão, quietude. Estar na praia, ou melhor, estar no mar é participar de uma sensação única e reveladora sobre a imersão. É como estar dentro de uma única molécula e tonar-se aos poucos parte dela.

As praias do Rio são chatas. Tem aquela coisa carioca do entretenimento, do oba-oba, do "não-seja-você-mesmo". Por vezes, sinto-me mal... Muita gente, muito barulho, mar frio e onda grande. Mas foi no Rio que aprendi que o mar é um senhor muito dedicado e reservado. É necessário respeito, é necessário o olhar, senti-lo e então, pedir licença e só então você é abraçado.

Mar tem pele e pele é uma coisa muito única. A pele é com certeza a coisa mais quente, mais sensual e, ao mesmo tempo, mais aconchegante do ser humano. Pele e mar.



Ah... Isso são desenhos do Eric Zener. Para mais, click aqui!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aqui

Estar em Belo Horizonte é sempre uma experiência muito particular. É vivenciar um tempo mais lento, um ar muito diferente, uma educação e uma presteza muito impressionantes, é perceber a amizade de uma forma muito relaxada.

Gosto.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Rapidinhas

O fato de estarmos imersos em nossos múltiplos planos individuais dá ao golpe de Honduras um anti-status político no mundo. Alguém aí se preocupa com Honduras e o golpe?




É estranho saber que ganharão tanto dinheiro com o enterro/ velório de Michael Jackson. E é mais estranho pensar que ele adoraria!




Eu sempre achei estranho que as universidades cariocas fossem tão esvaziadas de recursos financeiros. Eu esqueci que eram cariocas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Agora o negócio ficou feio...

Como sobreviver depois destas descobertas?